quarta-feira, 2 de junho de 2010

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Não procurei perfeições e sim força. Eu quero colorir paredes, cravar na pele, ver sangrar. Não espero enxergar no escuro, não iludo. Estou consciente de nosso estado. Algum dia entendo palavras que nunca foram ditas. Calo, igual é simples beijar os meus, doando liberdade. Só que dói, eu gosto de falar. Gemo e de repente pergunto do jazz. Ainda tem tanto pra descobrir, mas é que quero presenciar, se não perco a cabeça em caminhos milagrosamente deixados. E de manhã nos braços dos abraços dá uma saudade da nudez de ontem, então eu sussuro. Vejo medo refletido naquele mel todo. A gente quase que morre todo dia, justamente por viver. Não pelo sangue estar correndo, mas pelo nosso estar pulsando vermelho vinho. Eu queria por alguns instantes não estar cega pra poder mostrá-lo isso. Só que falando a verdade, se acendessem a luz, eu cobriria meus olhos. Não resistiria. Estou esperando, esperando pra gente gozar e gastar a vida enquanto desembaraçamos o seu cabelo e bagunçamos o meu de novo.
Quero um bombom de brigadeiro antes de ir aprontar as malas.

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