terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Agora é só saudade.

Desejei tanto a volta. Quando ela finalmente se aproximou, eu não pude evitar querer o contrário muito mais intensamente.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Nada Feito

Nada feito. Não se aprende a programar. Já se nasce com certo nível de dom, ou não. Ela perdeu um, dois ou mais onibus. Gravou outro nome na parede, que não era o meu. E eu perguntei, louco, escondendo em meus lábios mansos o desespero. Disse que era história inventada, e como ainda não havia escrito o segundo nome que já era previsto para estar junto daquele, resolveu que não escreveria o seu. Escreveu dois nomes quaisquer, como João e Maria ali gravado para sempre. Só pra que quem lesse, romantizesse o que nunca foi romântico. Aquilo passou com a intensidade dos nossos risos cotidianos, mas voltou a me atormentar quando ela começou a reclamar todo o tempo dos meus piores ou até dos mais fracos defeitos.

Eu comecei a inventar também, alucinações. Botava as mãos, os pés e o coração no fogo. Eu caminhava sob um mar de lembranças que eu desacreditava totalmente. Jurava que eram histórias. Algumas eu cheguei a contar pra ela. No começo ria, baixava os olhos. Depois me maltratava aos berros, e eu não entendia o propósito. Então um dia cansou, chorava e dizia que eu havia ficado louco, que deveria me deixar, mas não podia.

Não podia porque motivo? Se sentia culpada? Eu a maltratava com aquelas lembranças. Caía aos prantos e reafirmava "são só alucinações da sua cabeça." Transavamos com fervor, nunca mais com carinho. As risadas, viraram sorrisos amarelos pra momentos inevitáveis, como o de ver ela vindo em minha direção. Um dia a convenci de darmos vida àqueles personagens da parede, escrevemos um conto. Ela gostava de inventar histórias, e eu a fiz parar. Não me sentia culpado porque ela poderia ter evitado, poderia não ter me aceitado assim.

Um belo dia, ai! que ironia, sedi às minhas vontades, o impulso. Virei-lhe um tapa na cara enquanto cantarolava. Morreu de susto. Gritava em pleno estado de surto, desacreditada, vermelha. Me batia no peito com o punho fechado, feito um tambor. Eu me deliciava com suas palavras. Ela não acreditava! Ela estava tendo alucinações, eu deveria a deixar. Mas depois ficou mansa. Disse que éramos iguais e gozou de amores por si própria. Eu gozei pelo mesmo motivo de sempre.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

" Sem o amargo, o doce não é tão doce."

"Cada minuto que passa, temos a oportunidade de começar de novo." Vanilla Sky