quinta-feira, 13 de novembro de 2014

A Árvore

No topo da montanha
o tilintar das borboletas
acordam a madrugada
O estômago em mimese
interpreta o vento

Olhos inundados pela nuvem
Em uníssono os pelos arrepiados
Pés desfigurados pela neblina
O corpo - gangorra...
Quase crio asas

Quase inverto o sol
Quase invado a lua
Quase bico o mar

mas em cada amanhecer
permaneço árvore
a esperar a primavera

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