quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Aproxima-se o tempo do abandono de meu único vício. Me entrego escutando Djavan mais do que o normal. O fim do ano vem de novo. Hoje é o primeiro dia do último mês do ano, e eu sei que nem tudo que eu quis se realizou, mas tudo bem... os dias raiaram querendo me apresentar segredos novos de um mundo que eu pouco conhecia. A inspiração não chegou, e ainda falo da minha vida. Só espero conseguir entender como esses novos segredos poderão aparecer em muitas páginas que pretendo escrever. O foco não muda, mas percorro outros caminhos, crio um gosto muito maior por eles. Busco signos e ascendentes, desperdiço tempo. Foi através da sociolinguística que achei meu método teórico de fazer esse mundo melhor. Difícil é colocar em prática, afinal nunca depende de um só ser e não dá pra esperar que os homens concordem. Nem ao menos que concordem que ninguém concorda, e é isso a essência do ser humano, mudar, discordar para nunca chegar a uma só conclusão. A única verdade universal é que tudo sempre está em constante mudança, e as pessoas ainda não aprenderam a valorizar, respeitar e amar as diferenças. Esse ano me apaixonei imensamente pelas diferenças. Comecei a me levantar da comodidade de olhar a desigualdade. Me conheci melhor. Cri nos signos. Diferente de qualquer ano passado, procurei conhecer tanta gente que acabei por não me aproximar muito de ninguém. Conheci uma ou outra pessoa que espero manter um bom tempo perto. Vivi o presente mais do que nunca, esqueci tanto do passado que me pareço outra pessoa, mas é a mudança, tudo aquilo ainda reside em mim escondido num mar de carinho. Matei rancores. O que continua mesmo é a saudade, a vida toda super presente comigo. Às vezes dá uma saudade desgraçada dos contatos íntimos e não superficiais, mas esses estão distantes, alguns voltando, afinal é férias. Planejei viagens que estão quase na hora. Voltei a dançar. Decidi há pouco que teria que voltar a escrever, mesmo que besteira, pra me acostumar e começar a incluir os novos segredos. Aqui está, um começo, uma besteira, qualquer coisa que me obrigue a não ficar apenas em artigos científicos e análises literárias. Sem planos para o natal nem pra virada do ano. Vejo uma nova possibilidade chegando, mas dessa vez vou guardar. Um ano de grandes mudanças em mim, estive precisando. E ainda não acabou... Dizem que só em 2012, né? "O destino de alguém não é nunca um lugar, mas uma nova forma de olhar as coisas." Henry Miller.

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